Principais desafios do setor de óleo e gás: o que você precisa saber
Nos últimos anos, a indústria de óleo e gás no Brasil tem passado por uma notável transformação e expansão, impulsionada por uma série de fatores, incluindo a diversidade de empresas, avanços tecnológicos e um aumento significativo no investimento.
Esse crescimento não apenas se traduz em números impressionantes de reservas e produção, mas também desempenha um papel fundamental na economia nacional, sendo o petróleo um dos principais itens de exportação, contribuindo substancialmente para a balança comercial do país.
No entanto, com grandes oportunidades surgem grandes riscos, e a indústria petrolífera está sujeita a uma série de desafios que podem resultar em perdas significativas para as empresas envolvidas.
A indústria de Óleo e Gás no Brasil
A indústria de óleo e gás no Brasil experimentou um notável crescimento e transformação nas últimas décadas, impulsionada pela diversidade de empresas, avanços tecnológicos e influxo de capital.
Nos últimos 15 anos, o país viu suas reservas provadas de petróleo aumentarem significativamente, de cerca de 8,0 bilhões para 14,8 bilhões de barris em 2023, ao mesmo tempo em que a produção diária subiu de 1,6 milhão para 3,4 milhões de barris, segundo dados divulgados por Roberto Ardenghy, presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás).
Essa evolução não apenas se reflete nos números de reservas e produção, mas também na participação do setor na balança comercial brasileira. O petróleo tornou-se o segundo item mais importante das exportações, gerando um superávit considerável e contribuindo significativamente para a economia nacional.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria, estima-se que o setor petrolífero representa mais de 10% do PIB industrial do Brasil, sustentando cerca de 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos, com salários substancialmente acima da média nacional.
A expectativa é que a indústria de óleo e gás continue crescendo e se adaptando aos desafios da transição energética e descarbonização. Investimentos significativos estão previstos nos próximos anos, impulsionando o crescimento da produção e criando empregos adicionais. Além disso, o setor desempenha um papel crucial na arrecadação de receitas para o país, contribuindo com bilhões em royalties, participações especiais e tributos.
Panorama
Entre 2022 e 2031, está previsto um investimento de US$ 183 bilhões apenas na exploração e produção, de acordo com projeções do IBP. Em menos de uma década, espera-se um aumento de 47% no número de trabalhadores na indústria de óleo e gás natural.
Atualmente, o Brasil ocupa o nono lugar entre os maiores produtores mundiais de petróleo. Entre as principais economias consumidoras e exportadoras de petróleo e seus derivados, o Brasil está em oitavo lugar. A América Latina foi responsável por 41% das descobertas globais de petróleo desde 2020, sendo que 39% dessas descobertas foram feitas no Brasil.
Para ilustrar os avanços, em 1997, quando a lei permitindo a liberalização do mercado foi instituída, o Brasil produzia menos de 1 milhão de barris por dia – hoje a produção chega a quase 3 milhões de barris diários.
A liberação do setor de exploração e produção teve um efeito positivo na indústria de óleo e gás. De acordo com um relatório do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), baseado em informações disponíveis no mercado, observou-se uma expansão da infraestrutura marítima, aumento da produção de petróleo, diversificação dos participantes do mercado, diminuição dos riscos, aumento das reservas e criação de empregos e renda.
Segundo projeção do IBP, com dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cada real investido em infraestrutura logística para o refino e distribuição pode resultar em um impacto econômico total de R$ 3,82 no Produto Interno Bruto (PIB).
Estima-se que nos próximos 10 anos sejam criados aproximadamente 3,7 milhões de empregos. De 2022 a 2031, é esperado um aumento de mais de 284% no número de vagas de trabalho, tanto diretas quanto indiretas, no setor de refino e distribuição.
Gás Natural
Com a abertura do mercado de gás natural, o Brasil estabeleceu um ambiente competitivo, com uma diversidade de agentes tanto na oferta quanto na demanda. De acordo com um relatório do IBP, citando a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) como fonte, espera-se que a produção doméstica de gás natural no Brasil aumente de 51 milhões de metros cúbicos em 2021 para 136 milhões de metros cúbicos em 2031.
No entanto, para alcançar esse objetivo, é necessário avançar na regulamentação estadual e ajustar a tributação, temas essenciais para atrair investimentos no setor de gás natural.
Principais desafios do setor de óleo e gás
Frente a um cenário de constantes transformações, as corporações de óleo e gás têm pela frente três desafios substanciais.
Otimização do desempenho para valorizar os ativos
Com o intuito de garantir o abastecimento contínuo de óleo e gás natural, as corporações petrolíferas buscam prolongar a vida útil dos campos maduros, ao passo que são instigadas a explorar novas fontes de hidrocarbonetos. Contudo, tal empreendimento é marcado pela complexidade e custos substanciais envolvidos na extração, transporte e refino desses recursos.
Nesse sentido, o alvo é atingir um patamar de 100% de confiabilidade em suas instalações industriais: minimizando interrupções não planejadas, impulsionando a produtividade e garantindo a segurança dos ativos industriais.
Redução de custos para manter a competitividade
Manter a competitividade no mercado requer a produção de petróleo bruto e derivados a custos reduzidos. A otimização dos sistemas de produção e dos recursos ambientais nas instalações em operação emerge como uma prioridade inegável para a indústria petrolífera.
Essa abordagem visa maximizar a eficiência produtiva, reduzir os custos de exploração e refino, e, consequentemente, equilibrar os gastos associados à prospecção.
Aprimoramento do impacto ambiental para cumprimento de normas
A indústria de óleo e gás, devido ao seu elevado consumo de recursos hídricos e energéticos, encontra-se sujeita a regulamentações ambientais cada vez mais severas. Nesse contexto, é indispensável repensar os métodos de extração, produção e distribuição para garantir ou obter a licença operacional.
Além disso, as empresas devem oferecer garantias e adotar medidas transparentes na gestão ambiental de suas operações.
Dessa forma, nos próximos anos, espera-se o desenvolvimento e a implementação de diversas tendências e inovações tecnológicas. Ademais, a adoção de práticas de responsabilidade social nas operações representa uma oportunidade significativa para impulsionar investimentos, mitigar riscos e reduzir custos.
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