Os riscos envolvidos na navegação fluvial

A navegação fluvial cumpre um importante papel no transporte de passageiros e cargas no Brasil. Essa modalidade barateia o transporte, tendo fretes com custo até 60% menor que fretes de caminhões. Além disso, é muito eficaz para o transporte de cargas pesadas, uma vez que tem grande capacidade de armazenamento.

Apesar de o Brasil contar com grandes bacias hidrográficas, nem toda a sua extensão é propícia para a navegação. Nesse sentido, é importante se atentar às características e condições de cada tipo de rio para avaliar a sua navegabilidade e aos riscos envolvidos nesse transporte.

De posse dessas informações, é possível se precaver contra certos incidentes que podem ocorrer na navegação fluvial. As embarcações estão sujeitas, por exemplo, a colisões, encalhes e acidentes ambientais causados pelo derramamento da carga em rios e na costa.

A seguir, a Austral Seguradora reuniu informações referentes a essa modalidade de transporte no Brasil, os possíveis riscos envolvidos e de que forma é possível se precaver contra eles. Acompanhe!

Rios de alto curso e seus riscos

Os rios de alto curso normalmente percorrem regiões altas e/ou acidentadas. Devido à altura, sua queda confere grande velocidade de escoamento, gerando quedas rápidas e corredeiras. Além disso, suas margens altas fazem com que os alagamentos sejam raros nesse tipo de rio, até mesmo porque raramente são largos e profundos. 

Dessa forma, os rios de alto curso não são, em geral, propícios para a navegação — a não ser em trajetos de curta distância, de transporte modesto em volume e com a utilização de embarcações menores.

Rios de planalto

Os rios de médio curso, também chamados de rios de planalto, são similares aos rios de alto curso nas quedas rápidas e corredeiras. No entanto, possuem trechos com pedras e têm pouca profundidade, o que apresenta uma grande barreira à navegação. A navegação não é impraticável, mas pode ser inviável para grandes embarcações. 

Durante as épocas de cheia, as vias de comunicação se tornam mais eficientes, mas em épocas de estiagem podem inviabilizar a navegação. Ainda assim, os rios de planalto costumam ter trechos consideravelmente extensos cujas condições são naturalmente favoráveis à navegação, principalmente nas regiões em que não há quedas rápidas e corredeiras, e na época das cheias.

Rios de planície

Por fim, os rios de baixo curso, também chamados de rios de planície, são ideais para a navegação, pois têm declividade suave e costumam ser rios mais largos, além de bifurcações que criam alternativas de rotas navegáveis. A presença de bancos, porém, pode ser um obstáculo. Suas margens são mais facilmente alagáveis. Existem rios de baixo curso que são pedregosos e outros de lama e barro. A maior parte dos rios da Amazônia brasileira são de planície.

Rios equatoriais e rios tropicais

Outra classificação pertinente à discussão sobre navegabilidade é a que subdivide os rios de acordo com a zona climática em que se encontram. Os rios localizados na zona equatorial são mais regulares graças à distribuição mais homogênea das chuvas ao longo do ano, tornando-os, em geral, mais favoráveis à navegação.

Os rios da zona tropical, por sua vez, são mais irregulares, devido ao contraste das cheias de verão e às estiagens de inverno. Por isso, suas condições de navegabilidade variam de acordo com a estação do ano.

Riscos envolvidos na navegação fluvial

É importante tomar cuidado durante a cheia dos rios. Com a subida do nível do rio e o aumento da força das correntezas e da vazão da água, as embarcações ficam sujeitas a colisões com troncos de árvores e pedaços de madeiras que descem os rios com mais força, causando danos e prejuízos para consertar, além do risco envolvendo vidas humanas. 

Por isso, a recomendação é que não se navegue durante a noite, uma vez que há significativa redução da visibilidade. Um dos exemplos desse cenário mais conhecidos no Brasil é o encontro dos Rios Negro e Solimões, trecho conhecido pelo risco de colisões com troncos de árvore em épocas de cheias. As embarcações levam mais tempo para chegar ao seu destino, impactando o escoamento de cargas.

A época de estiagem, por sua vez, também oferece alguns riscos, principalmente o de encalhe. Embarcações carregadas de produtos podem, por exemplo, ficar encalhadas em pedras, ocasionando danos significativos ao casco e correndo o risco de vazamento e consequente dano ambiental. Nesses casos, pode ser necessário o uso de reboques e guindastes para a retirada.

Outro risco na navegação fluvial é o de colisão entre embarcações, que podem causar graves ferimentos, além do risco de naufrágio. Quando isso acontece, instaura-se um inquérito administrativo para apurar as circunstâncias em que a colisão ocorreu para definir causas e responsabilidades. Assim, há um risco financeiro que envolve não apenas o próprio patrimônio, mas também o de terceiros.

A importância do seguro

Diante dos riscos a que as embarcações estão expostas na navegação fluvial, é importante resguardar o próprio patrimônio e o de terceiros envolvidos em incidentes. Devido a esses fatores e à imprevisibilidade envolvida na navegação fluvial, a melhor opção é investir no seguro marítimo, que oferece coberturas específicas para os riscos anteriormente citados — como proteção contra danificações ao casco e às máquinas da embarcação e responsabilidade civil por abalroação, por exemplo.

A Austral Seguradora oferece as melhores soluções em seguros para proteger o seu patrimônio contra os riscos da navegação fluvial, entregando segurança em seu sentido mais amplo, com atendimento personalizado e de alta qualidade.